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Picadeiro

“Tangos & Tragédias”: circo total e cinema mudo

 

Nico Nicolaiewsky e Hique Gomez /Foto Divulgação

 

Nico Nicolaiewsky e Hique Gomez explicam segredos do sucesso

Os gaúchos Hique Gomez e Nico Nicolaiewsky formam uma dupla excêntrica de comediantes músicos no espetáculo “Tangos & Tragédias”. Eles representam os personagens Kraunus Sang (Hique) e o Maestro Pletskaya (Nico) e afirmam que nasceram na Sbórnia, que recebe o lixo cultural da humanidade.

O resultado é uma mistura radical de ritmos, gêneros e comédia em um show com palavras que não fazem sentido em nenhuma língua, mas que diverte os espectadores e lota os teatros por onde passam.

Os espectadores cantam com os músicos, que tocam serrote, acordeão, piano e encenam tramas de canções que eles próprios compõem e outras que recriam, de compositores como Vicente Celestino e Teixeirinha. É uma esbórnia!

Os dois estão atualmente em cartaz no Theatro São Pedro, em Poá, no Rio Grande do Sul, até 3 de fevereiro. De acordo com sua assessoria de imprensa, em 13 de janeiro, o fã Tiago Dias, em uma das encenações do espetáculo, subiu ao palco e pediu a namorada em casamento enquanto dançavam ao ritmo nonsense de “Copérnico de Duplas”, no Theatro São Pedro.

Tudo é exagerado e engraçado no espetáculo, que tem parentesco forte com o circo. O figurino de ambos e a cabeleira exótica de Hique parecem indumentárias dos palhaços. “Eu não consigo fazer meu cabelo sozinho e demora porque é muito comprido, uso laquê no penteado punk”, conta Hique. Nico usa rabo de cavalo. Os dois também cantam e regem o espetáculo.

Para o músico, aramista e palhaço Marcelo Lujan, dos circos Zanni e Amarillo, os gaúchos que contam mentiras que fazem rir e entoam onomatopeias são músicos excêntricos, tipo clássico de palhaço.

Marcelo, que define o próprio trabalho como o de um excêntrico musical e que levou a reportagem do site Panis & Circus para conhecer o show, explica que Hique e Nico, no espetáculo “Tangos & Tragédias”, exploram “a relação entre a música e a comédia de maneira não convencional”.

Completa Lujan: “Eles nem sabiam o que é um músico excêntrico, embora já tivessem ouvido falar da tipologia. Achei incrível que eles não se classificam como tais. Pela minha pesquisa, ambos são palhaços excêntricos musicais, pois o excêntrico toca vários instrumentos bem executados. Além disso, eles fazem encenações e têm a vantagem de brincar com a plateia. É nesse momento que entra o palhaço e que faz render boas cenas cômicas excêntrico-musicais”.

Conforme o livro “Circo Nerino”, de Verônica Tamaoki, o palhaço excêntrico fala pelos cotovelos e o toni é mudo e realiza mais ações, que sempre resultam em erro. O palhaço excêntrico pode ser um músico, e o mais fundamental dele, no caso do Circo Nerino, foi João Bozan, conhecido popularmente como maestro.

Consta ainda no livro sobre Bozan: “Sua arte consistia em transformar objetos comuns em instrumentos musicais. Ele tirava música de serrote, garrafa, moedas, canos e guizos, entre outros objetos” (pág. 31).

O palhaço excêntrico aproveita ao máximo sua característica diferente, sejam os cabelos do Hique ou a regência do público por Nico, de forma literalmente excêntrica, seja na combinação heterodoxa da pauta musical.

 

 

Arte híbrida: circo e performance

A dupla Hique Gomez e Nico Nicolaiewsky, apesar de não trabalhar diretamente com a arte do circo, acerta na escolha do show “Tangos & Tragédias”. Os dois realizam o mesmo show há 27 anos. Já fizeram apresentações em Buenos Aires (Argentina), Manisales (Colômbia), Quito (Equador), Cádiz e San Sebastian (Espanha), Lisboa e Almada (Portugal). 

A Wikipédia informa que, em 1999, “Tangos & Tragédias” foi tema do enredo da escola de samba Imperatriz Dona Leopoldina no Carnaval de Porto Alegre.

Na entrevista abaixo, Hique e Nico explicam suas referências e afirmam que são comediantes e, portanto, guardam similaridades com a arte do circo e também se filiam à estética da performance. Embora não venham extamente das tradições do picadeiro, sua arte tem uma origem comum com a dos bandos nômades de artistas europeus que saíam pelas ruas para se apresentar.

Nico e Hique concederam entrevista ao site no Auditório Ibirapuera, na capital paulista, durante temporada do show em 2012.

 

 

PINGUE-PONGUE

Panis & Circus – Você é maestro?

Hique – Não sou maestro, mas vivo no meio de orquestras. Faz dois anos que faço gravações e mixagem para a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Estudei música, mas não tenho formação de músico de orquestra, minha formação é em música popular. Escrevo arranjos para orquestra, tenho outros trabalhos, claro, a gente exercita outras capacidades musicais que não aparecem aqui [no espetáculo “Tangos & Tragédias”].

Circus – Como classifica o gênero artístico de vocês? É paródia?

Hique – Minha referência de trabalho de comédia é o cinema mudo. Quando a gente começou a fazer esse trabalho, não era comediante. Nós éramos músicos de formação, tocávamos na noite, eu era músico popular mesmo. Sou músico desde os 15 anos, eu tocava em grupo, em bailes. Estudei, não na universidade, mas com professores, em cursos [livres] e sozinho.

 

No filme do alto, Charles Chaplin encena a composição nonsense “Desgrazzia Ma Non Troppo”, que é repetida por Hique e Nico no filme acima

 

Avô de Hique era artista de rua e se vestia de Charles Chaplin, palhaço do cinema mudo

Circus – O show parece uma encenação dramática cômica e circense.

Hique – É o cinema mudo… Quando a gente começou a montar o espetáculo pintou a ideia de divertimento, de transformar as músicas dramáticas de Vicente Celestino em coisas mais engraçadas, transformá-las em tragicomédia, inverter o signo. As músicas de Vicente Celestino nos remetiam ao cinema em preto e branco, ao “Ébrio”, e à ideia de transformar aquele universo de referência, para mim, em comédia… Qual é a direção disso?

A referência era o universo dos anos 30, 40, o Charles Chaplin. É uma referência direta também meu avô, que era ator. Ele fazia publicidade dos filmes de Chaplin nas cidades do interior, então, ele se vestia de Chaplin e andava pela cidade. Era ator de rua.

Eu via as fotos do meu avô vestido de Chaplin e via o Chaplin, são muito fortes as referências do Chaplin e do universo do cinema mudo, também de Buster Keaton e do Gordo e o Magro.

 

Nico Nicolaiewsky e Hique Gomez /Foto Divulgação

 

Dupla apresenta o mesmo espetáculo há quase 30 anos

Circus – Por que o nome do show é “Tangos & Tragédias”?

Hique – O Nico tinha mais a veia do circo, ele já cantava “O Ébrio”, por exemplo. Aí partimos de um disco que ele tinha, pegamos outras músicas de Vicente Celestino, que eram quatro tangos que hoje não estão mais no espetáculo, só tem “O Ébrio”. Os tangos saíram e foram entrando outras músicas.

No início o show se chamava “Tangos & Tragédias” porque eram os tangos de Vicente Celestino e outras músicas similares, que eram tragédias também, mas engraçadas, como “Marcelo do Roberta”, que tem letra e música de Nico.

Circus – O que mais mudou no espetáculo desde a estreia?

Hique – Há 27 anos. Ele veio mudando. No começo eu já era Kraunus Sang, já eram essas roupas, já era esse clima de violino e acordeão, um negócio móvel, fácil de transportar e de fazer em qualquer lugar, com a performance e [a imitação] dos estrangeiros, esse negócio com a língua que falamos no show. No começo tinha uma pegada mais tragicômica. Os personagens morriam, tinha mais sangue, era mais dramático, a gente contava as histórias e fazia alguns personagens. A gente fazia Faustina, de um samba conhecido: “Corre aqui depressa…/ Pega a pistola…/ Desperdiça o pente…”. A sogra morria e a gente fazia a pistola. Ou a gente atirava o coração materno [da canção de Vicente Celestino], as coisas iam ficando pelo palco.

 

O palhaço e músico excêntrico João Bozan, conhecido como maestro, em foto do livro "Circo Nerino"

 

Linguagem circense

Circus – Típico do circo…

Hique – Isso, sim, típico do circo, Vicente Celestino [1894-1968], Teixeirinha [1927-1985].

Circus – Muitos artistas europeus e japoneses costumam passar a vida inteira realizando um mesmo espetáculo.

Hique – Nós temos duas visões diferentes do que fazemos. Eu faço um show e o Nico faz outro e o resultado é o espetáculo “Tangos & Tragédias”. Eu acho que a gente faz um teatro ritual, que se parece com uma missa. Dentro de uma mesma forma, repetindo os mesmos gestos e olhares, e isso agrega um tipo de energia fantástico, é um ritual, de graça. Somos sacerdotes comediantes.

 

 

Excêntricos músicos comediantes

Circus – O musicista e palhaço Marcelo Lujan, do Circo Zanni, que nos contou sobre o espetáculo, afirmou que vocês são músicos excêntricos.

Hique – Os personagens do show são músicos excêntricos e são alter egos nossos, mas, ao mesmo tempo, nós somos os personagens, eles fazem parte da nossa psicologia.

Nico – Fazemos do ritual uma chave altamente solene, o espetáculo tem uma ordenação corretíssima e segura, qualquer improviso tem uma formalidade com os personagens.

Circus – A ideia de excêntrico musical participaria de um tipo de linguagem que mistura circo, teatro e comédia? Mas vocês afirmam que são independentes. Como criaram esse trabalho?

Hique – Em cima de uma habilidade que a gente tem, nata. A gente não sabe exatamente qual é o tamanho disso ou as vertentes que se apresentam no decorrer dos anos, porque a gente descobre desenvolvimentos naquilo que a gente faz e expande a performance, vai trabalhando com o público, por exemplo, aquele negócio [cantoria] que o público faz em interação com a gente, aquele “xixixi”, é recente, tem pouco mais de um ano que a gente começou a fazer isso.

Circus – É o mesmo espetáculo, mas não é…

Hique – É o mesmo espetáculo, só que é um organismo vivo, ele vai se transformando conforme nós nos transformamos, mas, se uma pessoa vê o espetáculo, observa que começa com “Desgrazzia Ma Non Troppo” e acaba na rua, com a gente fazendo “Bá!”. Mas, no meio do percurso, um monte de coisas acontece e não são iguais, todos os dias mudam um pouquinho, a gente tira uma coisinha. O espectador do ano anterior vem ver de novo e diz: “Pô, mas está diferente”, e a gente nem se deu conta.

Circus – Querem falar de outras referências, além do cinema mudo, em música, por exemplo?

Hique – Sim, dos músicos excêntricos? Hermeto Pascoal é um talento de músico excêntrico, é o Salvador Dalí da música. Você conhece músicos que tocam serrote? Não é uma música convencional, mas dá para tocar. Eu toco serrote em concerto com orquestra, em concerto para contrabaixo.

 

 

Influência das tradições judaicas e dos musicais da Broadway

Circus – Qual é a relação com a música de vanguarda, como a de John Cage, por exemplo, que diz que música é ruído. Sua música rompe com a tradição da MPB?
Nico –
Achei interessante o que o Hique falou, que são dois shows, talvez esse seja um motivo, um fato de atrito, e, em cena, é o atrito que bota luz, incendeia. Acho que tem a ver… tem o que eu vi muito, que eram Os Baixinhos, lá em Porto Alegre. Eles tocavam, os dois, vindos lá da Rússia, assim como meus avós vieram da Bessarábia [região histórica da Europa Oriental, que se divide entre Moldávia e Ucrânia]. Eles eram lituanos e traziam aquela sonoridade da música idish, a sonoridade judaica.

Os Baixinhos faziam muito músicas de países, músicas da Rússia. Eram dois gêmeos que tocavam violão, banjo e bandolim e faziam a festa. Tinham uma coisa muito forte, de uma música de alegria. Eram os pais do compositor  gaúcho Claudio Levitan [nascido em 1951], que foi o primeiro compositor vivo que eu conheci. Eles faziam umas brincadeiras, eu era fã do trabalho deles, que era uma música de ruptura, no sentido de que era uma música que não era ligada à poesia de MPB, de imagens, não, era de história, muito teatral e nos ritmos fazia relação com o tango.

Para mim veio instintivamente, sempre gostei também de musical da Broadway. No início, nosso espetáculo começou com tangos e tinha uma época em que Hique queria botar um samba. Mas como combinar samba com tangos? “Ah, tá bom, vamos botar um samba que é um trailer de nosso próximo show, que é ‘Sambas e Sadismos’… Aí tocávamos o trailer do próximo show [que nunca acontecia], e está explicado, vambora”.

Circus – Um show que nunca vai existir…

Nico – Nunca vai existir. Tem gente em Porto Alegre que me diz que, quando viu o espetáculo pela primeira vez, viu a gente como gente da Sbórnia, sim.

 

Gaúcho argentino/ Foto Eugenio Courret, de 1868

 

Música nasceu das vozes dos personagens

Circus – Explique essa ficção da Sbórnia que existe no espetáculo.

Nico – Quando a gente começou, foi buscar vozes diferentes para interpretar aqueles dramas, de Vicente Celestino e as outras músicas que a gente não cantaria como canta as músicas que a gente compõe, que são músicas sérias ou de amor, que são as músicas dos compositores populares brasileiros convencionais. Buscamos as vozes das pessoas que interpretariam aquelas canções e, buscando as vozes, começaram a surgir os personagens.

Hique – Aí vieram todas as referências. Nasci em Porto Alegre, mas morei muito tempo no interior. No Rio Grande do Sul tem muito polonês, alemão e é muito comum a gente ouvir as pessoas puxarem o sotaque europeu misturado no português. Desde criança ouvindo isso: “Ah, aqueles colonos que falam com sotaque de imigrantes”. Então os personagens são imigrantes. E o Nico veio com as referências familiares lituanas… Um ambiente de estrangeiros, e, no fim, vejo que todo mundo no Brasil tem um parente que não é do Brasil. Mesmo os índios. O ambiente mudou tanto que os índios são estrangeiros na própria terra.

Então há uma história de 300 anos em que a história de cada pessoa se esfumaça e vai para um lugar meio que não se sabe onde é direito, se é português, se é espanhol, alemão, africano, de fora. Todo mundo tem uma identificação no passado, com a Sbórnia.

 

 

Imaginação da Sbórnia é blague

Nico – Na música há um pedaço que conta que a Sbórnia é famosa porque tem uma grande lixeira cultural onde todo mundo joga aquilo que não está mais na moda. Nós nascemos lá e resolvemos sair de lá e, ao sair de lá, pegamos umas coisas do Brasil que estavam jogadas na lixeira. Essa é a explicação que a gente descobriu um ano depois de apresentações do espetáculo.

Hique – A primeira vez que a gente veio a São Paulo, para o espaço Off, Caio Fernando Abreu viu o espetáculo e falou em sua coluna no “Estadão”, referindo-se à música tirada da lixeira cultural, algo assim. A gente leu e teve a ideia. A gente fala: “Recicla grand riqui brusqui bruschi”, e a gente fala nas entrevistas que é o que tem na Sbórnia, e as pessoas visualizam a grande lixeira cultural da Sbórnia.

 

Marcelo Lujan em apresentação no Trixmix Cabaret/ Foto Asa Campos

 

Circo total, tradição e cabaré

Circus – E seu parentesco com o circo e com a música excêntrica?

Nico – Para mim é circo total. Eu me acho completamente palhaço, a relação é totalmente com o circo. A gente descobriu uma forma, baseada na nossa formação, que é de músicos, e nela fazemos alguma coisa como o show, desde o início. Antes de criarmos o show, eu tinha uma banda, acabei com a banda, todo mundo brigou, tentei fazer show em bar. Eu tocava as minhas músicas, canções brasileiras, mas todo mundo ficava conversando, ninguém dando a mínima bola. No meio do show tinha “O Ébrio”, que eu já tocava com minha antiga banda. Só que antes ainda eu comecei a dar o texto sem personagem: “Eu nasci artista e fui cantor e durante a minha trajetória…” Quando eu comecei a tocar essa música no bar, todo mundo ficou quieto e aplaudiu.

Notei que, para as pessoas ficarem quietas no bar, eu tinha de ter esse tipo de música. É uma música “hei” “ho”, “que é isso aí”. Toda música que a gente fazia no início para mim então tinha de ter uma dinâmica assim.

Circus – O acordeão dá a musicalidade idish? Não parece a música circense?

Nico – Na Moldávia, uma música muito famosa se chama “hora” e tem um ritmo assim: “poucnch, punch, punch, pucnhc (pregovitch)”. Dentro da música popular aparece muito o circo, mas as coisas se misturam muito. Acho que nosso estilo está mais ligado ao cabaré do que exatamente ao circo, à comédia de cabaré.

 

 

Circus – Fale de sua formação. Você é maestro?

Nico – Nasci em Porto Alegre e estudei piano clássico desde os sete anos, o acordeão eu aprendi sozinho. Eu não sou maestro, é de mentira.

Circus – Vocês têm outros trabalhos juntos?

Nico – Temos outros espetáculos, mas não juntos. “Tangos & Tragédias” é o único show que fazemos juntos. Eu tenho três discos gravados e vários outros trabalhos, esse é o que ficou mais famoso e é o que basicamente nos sustenta. 

 

Cartaz do espetáculo "Tangos & Tragédias"

 

Temporada de “Tangos & Tragédias

Theatro São Pedro, de quinta a domingo, às 21h00. Até 03/02. Ingressos: R$ 20,00 a R$ 80,00. Desconto de 15% para titular do Clube do Assinante ZH.

CONTATO: Escritório de Produção Marilourdes Franarin (51 9971.6021 e 3263.3107).

 

Links: Wikipédia; Zero HoraFacebook

(Mônica Rodrigues da Costa)

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