Pé na Estrada
Cuzco e Machu Picchu: tesouros arqueológicos dos incas
Desembarque em Cuzco
Cuzco (em espanhol) ou Qosqo (na língua quíchua) é uma encantadora cidade que fica a uma altitude de 3.400 metros na Cordilheira dos Andes. Seu nome significa “umbigo” no idioma quíchua, pois fica no meio de um vale.
Saindo de Lima, capital do Peru, distante uma hora e dez minutos de voo, o visitante chega à cidade de Cuzco, que fica no sul do Peru e tem uma população de 300 mil habitantes.
Ao desembarcar no aeroporto, você é logo abordado por vendedores, que oferecem chá, bala de coca para combater o “mal de altitude”, ou “soroche”, como também é conhecido.
Não é todo mundo que sente os efeitos da altitude no corpo, isso varia de pessoa para pessoa, algumas sentem mais do que outras. O sintoma mais comum é dor de cabeça.
Para conseguir boa aclimatação, em vez da bala de coca, o indicado ao chegar a grandes altitudes é descansar e se alimentar com refeições leves.
Capital do Império inca
Cuzco era a capital do Império Inca. Ao final do império, em 1532, o conquistador espanhol Francisco Pizarro invadiu e saqueou a cidade. Além de destruir os centros religiosos de Cuzco, os espanhóis construíam igrejas católicas nos espaços destruídos.
Essas marcas da conquista espanhola são vistas próximas à Praça de Armas, no Convento de Santo Domingo Del Cuzco, o Qorikancha, onde existem os muros originais dos incas e os construídos pelos espanhóis.
Construções históricas
A Praça de Armas de Cuzco é incrível, uma mistura de cores e sua arquitetura colonial e cultura inca. Pelo fato de a cidade ser alta, há pouquíssimas nuvens e a luz do sol é intensa.
A Catedral de Cuzco é linda, tem o altar de madeira maciça e folheado a ouro. Como é a principal igreja da cidade, ela forma, ao lado dos templos Triunfo e Sagrada Família, o conjunto da Catedral.
Circuito de Saqsayhuaman
A três quilômetros do centro de Cuzco fica o circuito turístico de Saqsayhuaman. Para percorrê-lo, é preciso para um ingresso que custa setenta soles.
Além de conhecer as ruínas de Saqsayhuaman, o passeio vale para visitar Q’enqo, Pukapukara, Tambomachay, complexo arqueológico que era a fortaleza e o centro espiritual dos incas.
A construção da fortaleza de Saqsayhuaman foi iniciada pelo inca Pachacuti antes de 1438 e durou cerca de 50 anos. Existem pedras de cinco metros de altura, que pesam até 300 toneladas.
Saqsayhuaman já estava concluída antes da chegada dos espanhóis. Atualmente 20% dela ainda permanece de pé.
Em 24 de junho, no solstício de inverno, ocorre o Festival Anual de Inti Raymi, em que se representa o ritual incaico de culto ao deus Solu Inti. As pessoas locais vestem fantasias coloridas e realizam danças típicas, repetindo, assim, a tradição dos antepassados.
Caminhada até Tambomachay
Com dez minutos de caminhada, você chega a Tambomachay. Conhecido como o “Baño del Inca”, foi construído com objetivo religiosa. Tambomachay é um sítio onde havia para que o chefe do Império Inca pudesse se refrescar e descansar. Os aquedutos existentes ainda formam cascatas.
Vista de Pukapukara
O complexo de Pukapukara que significa “fortaleza vermelha” faz parte do complexo arqueológico. Acreditam que o sítio arqueológico servia para hospedar a grande comitiva que acompanhava o inca toda vez que ele visitava Tambomachay. Suas pedras avermelhadas inspiraram o nome “Pukapukara”
Labirinto é o último ponto da visita
O último lugar a ser visitado é Q’enqo, que significa “labirinto” na língua quíchua. Foi um local sagrado, onde se realizavam cerimônias para honrar ao Sol, à Lua e às estrelas. Através do labirinto, é possível ingressar nas galerias subterrâneas, assim como em uma sala de sacrifícios religiosos dos incas.
Mercado de artesanato na avenida El Sol
Cuzco é tentador para quem deseja comprar artesanato. No fim da avenida El Sol há um mercado de artesanato, onde os preços são acessíveis. Ali é possível fazer algo que os brasileiros adoram: pechinchar.
Os vendedores oferecem bons descontos se o visitante pedir. Nesse mercado tem bastantes objetos de prata e outras peças típicas bonitas, como gorros, casacos de alpaca, pulseiras de artesanato, entre outros objetos.
Pausa para descansar
Após o passeio cultural e de compras, é hora de descansar, pois, logo cedo, sai o trem para Machu Picchu. Uma dica: vale passar uma noite em Águas Calientes, última cidade antes de chegar a Machu Picchu.
Assim, você chegar cedo à cidade perdida e aproveita melhor o tempo por lá.
Ao sair de Cuzco, na estação de Poroy, no primeiro trem para Machu Picchu, às seis da manhã, com uma temperatura de 0º C em julho, após quatro horas de viagem, em média.
Existem três tipos de trem: o Backpacker, o trem convencional, escolhido pela maioria dos turistas que vai a Machu Picchu, que custa U$96 dólares (ida e volta).
Além disso, Vista Dome tem um trem panorâmico com grandes janelas e boa parte do teto de vidro para que se aprecie a paisagem, ao custo de U$ 130 dólares (ida e volta), e o trem de luxo Hiram Bingham, que recebe esse nome em homenagem ao americano que descobriu Machu Picchu; custa a “bagatela” de U$ 558,00 dólares (ida e volta). Mais informações sobre os trens clique aqui.
Antes da estação final, há a estação de Ollantaytambo, de onde sobem mais passageiros para a viagem.
Aguas Calientes
Após quatros horas de viagem, chega-se a Aguas Calientes, uma Cidadezinha com ruas estreitas e com bastante movimento.
De lá se pega um ônibus que leva a Machu Picchu, a cerca de uns 30 minutos, por uma estrada em ziguezague morro acima.
Outra maneira de chegar a Machu Picchu é pelo Caminho Inca. São quatro dias de caminhada, partindo de Cuzco.
Machu Picchu, a cidade perdida dos incas, foi descoberta há 101 anos pelo professor americano Hiram Bingham em expedição financiada pela Universidade de Yale (EUA).
Em Machu Picchu
Ao chegar à cidade, coberta de mato, Bingham insistiu em ser guiado pelo lugarejo.
Ao alcançar o cume, um dos meninos das duas famílias de pastores que residiam no local o conduziu aonde, efetivamente, apareciam imponentes construções arqueológicas cobertas pelo mato, em evidente estado de abandono havia muitos séculos. Enquanto inspecionava as ruínas, Bingham, assombrado, anotou em seu diário: “Would anyone believe what I have found?” (Alguém acreditaria no que encontrei?)
Cercada em três lados pelas corredeiras do rio Urubamba, afluente do rio Amazonas a 2.400 metros, Machu Picchu (que significa montanha velha), Machu Picchu fica em uma cordilheira ao pé de uma colina chamada Huayna Picchu (montanha jovem). A cidade é considerada uma das sete maravilhas do mundo e é Patrimônio Mundial da Humanidade, promovido pela Unesco, a organização cultural das Nações Unidas.
Passeando por Machu Picchu
Templo do Sol, que era usado para cerimônias sagradas, relacionadas ao solstício de verão
Templo Principal, o mais importante recinto cerimonial de Machu Picchu. As pedras caídas foram resultado de terremoto
Intihuatana
Esse nome significa “onde se amarra o Sol. É um dos objetos mais estudados de Machu Picchu e foi relacionado a uma série de lugares considerados sagrados. A partir de Intihuatana, estabelecem-se claros alinhamentos entre acontecimentos astronômicos e as montanhas circundantes.
Rocha sagrada
A marcação indica o extremo norte da cidade e é o ponto de partida do caminho a Huayna Picchu, com vista para essa montanha (atrás)
Grupo das três portas
É um amplo conjunto arquitetônico dominado por três grandes kanchas, dispostas simetricamente e com comunicações entre si. Suas portas, de idêntico formato, dão acesso à zona central de Machu Picchu.
(Agatha Tibiriçá)
Tags: Agatha Tibiriçá, ASA Campos, Cuzco, Inca, Machu Picchu, panis e circus, Peru
Relacionados
Números aéreos, equilíbrio, malabarismo e música armam a lona Até 18/11, tem circo armado na Barra Funda, no Memorial da América Latina, região central da capital paulista. …
O ator Pascoal da Conceição, presidente da Associação dos Amigos do Centro de Memória do Circo, é um dos entrevistados de Agatha Tibiriça e Maísa …