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O olhar do menino sobre o Circo Zanni
Ibraim filmou cenas do espetáculo e fotografou objetos no foyer do Circo Zanni, no Sesc Campo Limpo
Com seu celular, o menino Ibraim Farides, 10, filmou cenas do espetáculo do Zanni e fotografou figurinos e objetos da trajetória da trupe, expostos no foyer do circo, no Sesc Campo Limpo. Ele fez as imagens em um domingo 6/7, quando o Circo Zanni despediu-se do respeitável público no local. O Zanni inaugurou a unidade do Sesc Campo Limpo, em 31/5, com um espetáculo inédito que misturou números novos e clássicos da trupe circense que completa, em 2014, 10 anos de estrada.
Apesar de ter tido a autorização da produção para filmar com o celular, o menino guardou as imagens por mais de um mês até que resolver exibi-las para a reportagem do Panis & Circus, em 15/8. Fez questão de dizer que filmou as cenas da sessão das 11 horas e, na arquibancada do lado direito e distante do picadeiro, para não prejudicar os artistas.
Ao saber que suas imagens poderiam ser captadas e mostradas no Panis & Circus, explicou que era preciso ter “bluetooth” ou um cabo que liga o celular ao computador, um “beabá” tecnológico para ele e Alyne Albuquerque, que faz a postagem do site, mas que pareceu grego para a repórter Bell Bacampos. Essas imagens você confere nessa edição.
Exigente, afirma que vai pedir um celular mais incrementado no Natal para que possa tirar fotos e fazer vídeos melhores. Ele está, no momento, criando um face para sua mãe, Neide Aparecida, auxiliar de serviços gerais.
Ibraim foi ao circo com seu irmão gêmeo, Isaac, e seu amigo Rafael Silva, 10.
Expressões como “Nooossaa!”, “Bom demais”, “Incrível”, “Uau, um espakate”, pronunciadas por ele, seu irmão e seu amigo aparecem em meio à cenas filmadas. Ibraim gosta do Zanni e já viu duas vezes o circo – uma no Memorial da América Latina e outra, agora, no Campo Limpo, bairro onde morava até o começo desse ano. Ele gosta de ler e, por isso, o número do artista Daniel Pedro, em que um livro pega literalmente fogo nas mãos do artista, é um dos seus preferidos.
Antes do espetáculo, no domingo, ele entrou no caminhão do pátio do Sesc Campo Limpo que foi transformado em uma biblioteca ambulante, e folheou “A culpa é das estrelas”, de John Green. Rafael Silva, que o acompanhava, disse que sua irmã leu o livro e chorou. De lá, os meninos foram para o foyer, e eles fotografaram, sem parar, com seus celulares, o figurino e os objetos expostos que contam um pouco da história do Zanni. Entre os objetos, os instrumentos musicais chamaram a atenção de Ibraim.
O menino agora estuda no Grupo Escolar Romão Puiggari, na Av. Rangel Pestana, no Brás, bairro em que passou a morar nesse começo de ano, e está no quarto ano primário. Sente falta do Campo Limpo, apesar de se lembrar de uma briga em que um colega de classe tirou uma pequena lâmina do apontador e cortou seu joelho. “Sangrou muito”, diz, e mostra a cicatriz. No Brás, comenta que está tendo que enfrentar uma turma de meninos “chatos” do prédio onde mora. Para aprender a se defender está praticando “kickboxing”.
Bob Esponja e Chiquititas são seus programas de TV prediletos. Viu algumas cenas da novela “Meu pedacinho de chão”, da Globo, que tinha no elenco Tomas Sampaio, o “Serelepe”, que integra também a trupe do Zanni, e reconheceu o ator quando apareceu para ajudar Erica Stoppel, no número do equilíbrio dos pratos.
Sua brincadeira preferida é esconde-esconde e considera os passeios no Ibirapuera e no Zoológico – dois dos melhores que teve na vida – fora o Zanni, é claro, seu predileto.
Postagem – Alyne Albuquerque
Tags: Circo Zanni, Ibraim Farides
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